Que blog é esse?



Silenciosamente a raíz procura.

Me interessa o que dá impulso

a origem, o fulgor

o Quem por detrás.

"Pois cada um de nós sofre com a idéia de desaparecer, sem ser ouvido e notado, num universo indiferente, e por isso quer, enquanto ainda é tempo, transformar a si mesmo em seu próprio universo de palavras". Milan Kundera



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ritmo

Para me reinventar, comigo é assim, meu processo. Isolo-me às vezes a contra-gosto - e olha que difícilmente faço o que não quero - mas por ter vivido esses 23 anos todos (e eu acho muito) adquiri um pouco de malandragem, a pólvora que fica ao redor depois que a bomba explode. E escrevo assim desordenadamente porque é assim que me encontro no meu pequeno auto-exílio. Imagino que sou feita de conchas que catei, da terra escura cheia de minerais, de sons que reverberam entre as paredes da pele, de uma espécie de pouquinho de cada coisa de  um universo lírico que habita meus sonhos - e assim, aos poucos ou subitamente, emerjo de mim mesma na forma de tronco de árvore.
Gostaria também de comunicar que estou feliz e que para se fechar em sua caverna não é necessário estar triste, e nem por isso fico triste necessariamente. Estou mesmo é contente por conseguir acertar o passo, sentir quando a lua está negra e nova dentro do meu corpo, dentro do meu instinto. Por me olhar no espelho e aceitar o que não me agrada e me propor o desafio de desagradar o desagrado. Tudo isso porque é melhor fluir... e nunca resistir a uma força que é maior. Quem flui é grande.

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